Foi um geólogo, amigo meu, quem me contou: Sob o asfalto negro e denso da minha rua Corre um imenso rio de águas cristalinas Habitado por enormes cardumes de peixinhos E lindíssimas plantas subaquáticas
Consegui falar com os peixinhos
Eles me disseram Que necessitavam de alimento E de alguns raios de sol
Desde então Quando vou para o trabalho Enquanto espero o ônibus E jogo comida para eles As pessoas me abordam, surpresas
Quando lhes explico Que abaixo do asfalto negro e denso Sob os nossos pés Corre um rio cheio de peixinhos Necessitados de comida e sol Todos se dispõem a ajudar
Agora, um grupo enorme de pessoas Faz-me companhia, diariamente Alimentando os peixinhos
O que, ainda, não conseguimos Foi fazer, com que lhes alcance Os almejados raios de sol
O meu amigo geólogo, disse que vai nos ajudar
Os peixinhos agradecem, felizes, pelo alimento E ansiosos, sonhando com o dia Em que vão receber os seus primeiros raios de sol
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