A mãe, que ignora, os olhos surpresos, dos transeuntes, e amamenta, em plena luz do dia; pode até não parecer, mas é poesia.
O cão, que corre, e abraça o dono, e abana o rabo, sem se conter, de tanta alegria; pode até não parecer, mas é poesia.
A companheira, que te prepara, um chocolate, fumegante, numa noite, de inverno fria; pode até não parecer, mas é poesia.
O filho, que leva, pais e avós, para vacinar, e tê-los vivos, quando passar, essa pandemia; pode até não parecer, mas é poesia.
A moça, que te lança, um olhar, e acena de longe, com um sorriso, que te extasia; pode até não parecer, mas é poesia.
A cigana, a quem dás a mão, e em troca, de alguma "plata", traça um futuro, que só a Deus você pedia; pode até não parecer, mas é poesia.
A sopa e os cobertores, que alguém, distribui anônimo, aos famintos, e esquecidos, da periferia; pode até não parecer, mas é poesia.
O beija-flor, que paira, por alguns segundos, em minha janela, enquanto procuro, rimas em ia; pode até parecer frugal, mas é pura poesia!
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