Passei toda a minha vida, buscando prosperidade Colhendo derrotas e vitórias, num mar de adversidade
Até então eu achava, talvez por ingenuidade Que a vida era só isso, sem outra finalidade
Os amores iam e vinham, com a mesma facilidade Não ficou nenhum comigo, ninguém quis cumplicidade
Meu destino, que me expôs, a embates e longevidade Não me concedeu acesso, a um amor de verdade
Não me resta muito trecho, já percorri mais da metade E o meu coração, pra não parar, me cobra afetividade
Quase no final da trilha, agarro-me, a última oportunidade Encontrar minha alma gêmea, a minha cara-metade
Tenho pressa, o tempo é curto, e uma angústia me invade Não sei nada a seu respeito, é tudo obscuridade
Eu desconheço seu rosto, não sei seu nome ou idade Estou perdido, procurando-a, em meio a imensidade
Pus anúncios, nos jornais e revistas da cidade Colei cartazes nos muros “Procura-se cara-metade”
Meu coração me diz, que ouve o dela, tal a proximidade Diz, também, que ela me busca, com a mesma ansiedade
Talvez, você nos conheça, a mim e a minha outra metade Transmita a ela, o meu desespero, e a minha perplexidade
Diz pra ela se apressar e vir com celeridade Ela é a minha última, e única, chance de felicidade
Que partir, sem tê-la, seria uma perverside
Sem ela, sou quase nada, sequer chego a ser metade
.................................................................................................. Gostou do Poema? Curta e Compartilhe!
Verismar © 2023 - Todos os Direitos Reservados
