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SEM DESTINO

Minha vida é um poema Escrito, sempre, a quatro mãos As minhas e as do destino Nas laudas do coração


Os temas desse poema São o grande x da questão Onde nós dois destoamos Daí a polarização


Quero falar em meus versos De amor, de flor, de paixão Saudade, felicidade… O destino chega e diz “não”


Ele quer, nos meus poemas Desamor e solidão Dramas existenciais Dores e desilusão


Há, na vida, tanto belo Pelos ares, pelo chão Porque falar de tristeza Por pura obstinação


Se os versos não são meus Ao que parece não o são Largo mão da poesia Procuro outro ganha-pão


Ou me livro desse tolo Desse parceiro traquino Devolvo-lhe todos os nãos E vou m'imbora, sem destino

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