Tomate, agrião, cebola…
Tem quem goste e quem desgoste
Se não começou, a degustar desde cedo
Não educou o paladar, nunca vai gostar
E não adianta pormenorizar:
Que tem magnésio, potássio e sódio
Flavonoides, cálcio e vitamina K
Não vai adiantar…
E sempre que alguém lhe servir
Uma salada completa
Com todas as cores possíveis
E insistir que encare
A resposta virá, num gesto espalmado
Enfastiado e surpreendente: “Stop! Pare!”
Esclarecida, entredentes:
“Não quero, não gosto, muito obrigado!”
Bandeira, Drummond, Cecília…
Tem quem adore e quem ignore
Se não forem acessados, já nos primeiros passos
E não for amor, imediato, nunca vai se apegar
E não adianta argumentar:
Que eles são joias da nossa literatura
Pais dos versos mais belos, daqui e de qualquer lugar
Não vai escutar…
E sempre que alguém exibir
Uma ou mais obra-prima
De qualquer um desses gênios
E insistir que repare
A resposta virá, num gesto espalmado
Enfastiado e surpreendente: “Stop! Pare!”
Esclarecida, entredentes:
“Não quero, não gosto, muito obrigado!”
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